Juízes 4

Débora e Baraque

1 Depois que Eúde morreu, o povo de Israel pecou novamente contra Deus, oSenhor.

2 Por isso oSenhordeixou que eles fossem conquistados por Jabim, rei de Canaã, que governava a cidade de Hazor. O comandante do seu exército era Sísera, que morava em Harosete-Hagojim.

3 Jabim tinha novecentos carros de ferro. Durante vinte anos ele maltratou o povo de Israel sem dó nem piedade. Então o povo de Israel pediu socorro a Deus, oSenhor.

4 Débora, mulher de Lapidote, eraprofetisa. Era também juíza dos israelitas naquele tempo.

5 Havia uma palmeira entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim. Débora sentava-se debaixo dela, e os israelitas vinham até ali para que ela julgasse as questões que eles traziam.

6 Ela mandou chamar Baraque, filho de Abinoão, que estava na cidade de Quedes, no território datribode Naftali, e lhe disse:

— OSenhor, o Deus de Israel, está lhe dando esta ordem: “Escolha dez mil homens das tribos de Naftali e Zebulom e os leve ao monte Tabor.

7 Eu vou trazer Sísera, o comandante do exército de Jabim, até o rio Quisom para lutar contra você. Ele virá com seus carros de ferro e soldados, mas eu farei com que você o vença.”

8 Então Baraque disse a Débora:

— Só irei se você for comigo. Se você não for, eu também não irei.

9 Ela respondeu:

— Está bem! Eu vou com você. Mas você não ficará com as honras da vitória, pois oSenhorDeus entregará Sísera nas mãos de uma mulher.

E Débora foi com Baraque para Quedes.

10 Baraque convocou as tribos de Zebulom e Naftali para a cidade de Quedes, e dez mil homens o seguiram. E Débora foi com ele.

11 Acontece que Héber, o queneu, havia se separado dos outros queneus, os descendentes de Hobabe, cunhado de Moisés. Ele havia armado as suas barracas perto do carvalho de Zaananim, que não ficava longe de Quedes.

12 Avisaram Sísera que Baraque, filho de Abinoão, havia subido ao monte Tabor.

13 Então ele mandou vir os seus novecentos carros de ferro e todos os seus homens e os fez ir de Harosete-Hagojim até o rio Quisom.

14 Então Débora disse a Baraque:

— Vá agora porque é hoje que oSenhorlhe dará a vitória sobre Sísera. OSenhorestá com você!

Então Baraque desceu do monte Tabor com os seus dez mil homens.

15 Quando Baraque apareceu com o seu exército, oSenhorfez com que houvesse uma grande confusão no meio dos soldados e dos carros de Sísera. Aí Sísera desceu do seu carro e fugiu a pé.

16 Mas Baraque perseguiu os carros e o exército até Harosete-Hagojim. Todo o exército de Sísera foi destruído; ninguém escapou.

17 Porém Sísera fugiu para a barraca de Jael, mulher de Héber, o queneu. Ele fez isso porque Jabim, rei de Hazor, estava em paz com a família de Héber.

18 Jael saiu da barraca para encontrar Sísera e lhe disse:

— Entre, meu senhor. Entre na minha barraca. Não tenha medo.

Então ele entrou, e Jael o cobriu com um tapete.

19 E Sísera pediu a ela:

— Por favor, me dê um pouco de água porque estou com muita sede.

Ela abriu umodrede leite e lhe deu de beber. Depois cobriu Sísera de novo.

20 E ele disse:

— Fique na porta da barraca e, se alguma pessoa vier e perguntar se há alguém aqui, diga que não.

21 Sísera estava muito cansado e caiu num sono profundo. Aí Jael pegou um martelo e uma estaca da barraca, entrou de mansinho e fincou a estaca na cabeça dele, na fonte. A estaca atravessou a cabeça e entrou na terra. E ele morreu.

22 Quando Baraque chegou, perseguindo Sísera, Jael saiu para encontrá-lo e disse:

— Venha cá, e eu lhe mostro o homem que você está procurando.

Então Baraque foi com ela e encontrou Sísera no chão, morto, com a estaca atravessada na cabeça.

23 Naquele dia Deus fez com que os israelitas derrotassem Jabim, o rei cananeu.

24 E eles continuaram atacando Jabim cada vez mais, até acabarem com ele.

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Juízes 5

A Canção de Débora e Baraque

1 Naquele dia Débora e Baraque, filho de Abinoão, cantaram assim:

2 Louvem a Deus, oSenhor!

Os israelitas resolveram lutar,

e o povo se apresentou alegremente!

3 Ouçam, reis!

Prestem atenção, governadores!

Eu tocarei música e cantarei

aoSenhor, o Deus de Israel!

4 ÓSenhorDeus, quando saíste das montanhas de Seir,

quando vieste da região de Edom,

a terra tremeu, e as chuvas caíram do céu.

Sim, caiu muita água das nuvens.

5 As montanhas tremeram diante doSenhor, o Deus do monte Sinai,

diante doSenhor, o Deus de Israel.

6 Nos dias de Sangar, filho de Anate,

nos dias de Jael,

as estradas estavam desertas,

e os viajantes usavam os desvios.

7 Nas cidades de Israel não havia ninguém;

elas ficaram vazias até que você, Débora, veio,

para ser mãe de Israel.

8 Os israelitas escolheram novos deuses,

e então houve guerra no país.

E dos quarenta mil homens de Israel

nenhum carregavaescudoou lança!

9 O meu coração está com os comandantes de Israel,

com o povo que se ofereceu alegremente.

Louvem a Deus, oSenhor!

10 Falem disso, vocês que montam jumentos brancos,

sentados nas suas selas,

e os que viajam a pé.

11 Escutem! A multidão barulhenta em volta dos poços

está falando das vitórias doSenhor,

das vitórias do povo de Israel!

Então o povo doSenhordesceu para as suas cidades.

12 Levante-se, Débora, levante-se!

Levante-se! Cante uma canção! Levante-se!

Marche, Baraque, filho de Abinoão,

e leve presos os que o prenderam!

13 Então os que tinham fé foram para onde estavam os seus chefes,

e o povo de Deus, oSenhor, pronto para lutar,

foi encontrar-se com Baraque.

14 Eles saíram de Efraim e foram para o vale,

atrás datribode Benjamim e do seu povo.

De Maquir desceram os comandantes,

e de Zebulom vieram os oficiais.

15 Os chefes de Issacar foram com Débora.

Sim, a tribo de Issacar foi, e Baraque também.

Eles o seguiram até o vale.

Mas a tribo de Rúben estava dividida;

eles discutiram e não foram.

16 Por que resolveram ficar lá com as ovelhas?

Será que foi para ouvir os pastores chamarem o rebanho?

Sim, a tribo de Rúben estava dividida;

eles discutiram e não foram.

17 A tribo de Gade ficou a leste do rio Jordão,

e a tribo de Dã, nas pastagens.

A tribo de Aser parou perto do mar

e ficou na beira das praias.

18 Mas o povo de Zebulom e de Naftali

arriscou a sua vida no campo de batalha.

19 Os reis vieram e lutaram

em Taanaque, perto do riacho de Megido.

Os reis de Canaã lutaram,

mas não tomaram dos inimigos nenhuma prata.

20 Até as estrelas lutaram:

enquanto caminhavam pelo céu,

elas lutaram contra Sísera.

21 Os inimigos foram arrastados por uma enchente do rio Quisom,

o velho rio Quisom.

Eu marcharei, marcharei com firmeza!

22 Então os cavalos galoparam e galoparam,

socando a terra com os seus cascos.

23 “Amaldiçoem a cidade de Meroz”,

diz o Anjo doSenhor;

“amaldiçoem, amaldiçoem os seus moradores,

pois eles não vieram ajudar oSenhor,

não vieram como soldados para lutar por ele.”

24 A mais feliz das mulheres é Jael,

a mulher de Héber, o queneu.

Ela é a mais feliz das mulheres que vivem em barracas.

25 Sísera pediu água, porém ela lhe deu leite;

trouxe nata para ele numa linda taça.

26 Pegou a estaca com uma das mãos

e a marreta com a outra.

Deu um golpe em Sísera e esmagou a sua cabeça;

furou e quebrou a sua cabeça em pedaços.

27 Ele caiu de joelhos,

tombou e ficou estendido a seus pés.

A seus pés ele caiu de joelhos e tombou;

ele caiu morto no chão.

28 A mãe de Sísera olhou pela janela da sua casa;

olhou bem, pela grade da janela, e disse:

“Por que o seu carro demora tanto para chegar?

Por que os seus cavalos andam tão devagar?”

29 As suas acompanhantes mais sábias respondiam,

e ela repetia para si mesma:

30 “Eles devem estar dividindo as coisas que tomaram:

uma ou duas moças para cada soldado,

roupas luxuosas para Sísera

e panos bordados para o pescoço da rainha.”

31 Assim, óSenhorDeus, morram todos os teus inimigos,

porém que os teus amigos brilhem

como a forte luz do sol nascente!

E houve paz no país durante quarenta anos.

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Juízes 6

Gideão

1 O povo de Israel pecou contra Deus, oSenhor, e por isso ele deixou que o povo de Midiã os dominasse durante sete anos.

2 Os israelitas se escondiam dos midianitas em cavernas e em outros lugares seguros nas montanhas porque os midianitas eram mais fortes do que eles.

3 Todas as vezes que os israelitas semeavam, os midianitas vinham com os amalequitas e os povos do deserto e os atacavam.

4 Acampavam na terra e destruíam as suas colheitas até o sul, perto de Gaza. Não deixavam nada para os israelitas viverem — nem ao menos uma ovelha, uma vaca ou um jumento.

5 Chegavam com o seu gado e as suas barracas e eram tão numerosos como gafanhotos. Eles e os seus camelos eram tantos, que nem dava para contar. Vinham para destruir a terra,

6 e o povo de Israel não podia com eles. Então os israelitas pediram socorro a Deus, oSenhor.

7 Quando eles oraram aoSenhorpor causa dos midianitas,

8 ele mandou umprofeta, que lhes disse:

— Assim diz oSenhor, o Deus de Israel: “Eu tirei vocês da escravidão do Egito.

9 Eu os livrei dos egípcios e dos que lutaram contra vocês aqui, nesta terra. Expulsei os seus inimigos e dei a vocês a terra deles.

10 Eu disse que sou oSenhor, o Deus de vocês, e que vocês não deviam adorar os deuses dos amorreus, que viviam nesta terra. Mas vocês não quiseram me ouvir.”

11 Então o Anjo doSenhorveio e sentou-se debaixo de um carvalho que havia perto do povoado de Ofra. Esse carvalho pertencia a Joás, que era da família de Abiezer. O seu filho, Gideão, estava malhando trigo no tanque de pisar uvas, escondido, para que os midianitas não o encontrassem.

12 Então o Anjo doSenhorapareceu a ele e disse:

— Você é corajoso, e oSenhorestá com você!

13 Gideão respondeu:

— Se oSenhorDeus está com o nosso povo, por que está acontecendo tudo isso com a gente? Onde estão aquelas coisas maravilhosas que os nossos antepassados nos contaram que oSenhorcostumava fazer quando nos trouxe do Egito? Ele nos abandonou e nos entregou aos midianitas.

14 Então oSenhorDeus ordenou a Gideão:

— Vá com toda a sua força e livre o povo de Israel dos midianitas. Sou eu quem está mandando que você vá.

15 Gideão respondeu:

— Senhor, como posso libertar Israel? A minha família é a mais pobre datribode Manassés, e eu sou a pessoa menos importante da minha família.

16 Mas oSenhordisse:

— Você pode fazer isso porque eu o ajudarei. Você esmagará todos os midianitas como se eles fossem um só homem.

17 Gideão respondeu:

— Se tu estás contente comigo, então dá-me uma prova de que és tu mesmo que estás falando.

18 E, por favor, não vás embora até que eu te traga uma oferta.

— Eu ficarei aqui até você voltar! — disse Deus.

19 Então Gideão entrou, cozinhou um cabrito e fezpão sem fermentocom mais ou menos dez quilos de farinha. Pôs a comida numa cesta e pôs o caldo numa panela. Levou tudo e entregou ao Anjo doSenhor, que estava debaixo do carvalho.

20 Então o Anjo ordenou:

— Ponha a carne e o pão nesta pedra e derrame o caldo em cima.

Gideão fez o que ele mandou.

21 Em seguida o Anjo estendeu o bastão que tinha na mão e tocou com a sua ponta a carne e o pão. Então saiu fogo da pedra e queimou a carne e o pão. E o Anjo desapareceu.

22 Aí Gideão compreendeu que era mesmo o Anjo doSenhorque ele tinha visto. E disse, apavorado:

— Ai de mim,Senhor, meu Deus! Eu vi o Anjo doSenhorface a face!

23 Mas oSenhorrespondeu:

— Não fique com medo. Tudo está bem. Você não morrerá.

24 Gideão construiu ali um altar para Deus, oSenhor, e o chamou de “OSenhoré paz”. Eaté hojeesse altar está em Ofra, cidade que pertence às famílias de Abiezer.

25 Naquela noite oSenhordisse a Gideão:

— Leve o touro que pertence a seu pai e outro touro de sete anos e derrube o altar do deusBaalque é do seu pai e também o poste da deusaAseráque está ao seu lado.

26 Nesse lugar alto e seguro, faça para oSenhor, seu Deus, um altar de pedras bem-arrumadas. Depois pegue o segundo touro e a madeira do poste de Aserá arrancado e queime tudo no altar comosacrifício.

27 Gideão levou dez dos seus empregados e fez o que oSenhortinha dito. Porém, como estava com medo da sua família e do povo da cidade, em vez de fazer isso de dia, fez de noite.

28 De madrugada, quando os homens da cidade se levantaram, acharam o altar deBaale o poste da deusa Aserá derrubados e o segundo touro queimado no altar que tinha sido construído ali.

29 E perguntavam:

— Quem será que fez isso?

Procuraram saber e descobriram que tinha sido Gideão, filho de Joás.

30 Então disseram a Joás:

— Traga o seu filho aqui para ser morto, porque ele derrubou o altar de Baal e o poste da deusa Aserá.

31 Mas Joás disse a todos os que estavam ali reunidos contra ele:

— Vocês estão defendendo Baal? Quem o defender será morto antes do amanhecer. Se Baal é deus, que ele mesmo se defenda. O altar dele é que foi derrubado.

32 Daquele dia em diante, Gideão passou a ser chamado de Jerubaal , pois Joás tinha dito: “Que Baal mesmo se defenda. O altar dele é que foi derrubado.”

33 Então todos os midianitas, os amalequitas e os povos do deserto se juntaram, e atravessaram o rio Jordão, e acamparam no vale de Jezreel.

34 E o Espírito doSenhordominou Gideão. Ele tocou uma corneta feita de chifre de carneiro, e os homens do grupo de famílias de Abiezer foram juntar-se a ele.

35 Gideão enviou também mensageiros para chamar os homens dastribosde Manassés, de Aser, de Zebulom e de Naftali. E eles também foram se juntar a ele.

36 Então Gideão disse:

— Ó Deus, tu disseste que queres me usar para libertar o povo de Israel.

37 Pois bem. Vou pôr um pouco de lã no lugar onde malhamos o trigo. Se de manhã o orvalho tiver molhado somente a lã, e o chão em volta dela estiver seco, então poderei ficar certo de que tu realmente me usarás para libertar Israel.

38 O que ele disse aconteceu. Na manhã seguinte Gideão se levantou, espremeu a lã, e dela saiu água que deu para encher uma tigela.

39 Então ele pediu a Deus:

— Não fiques zangado comigo. Mas deixa que eu fale só mais uma vez. Deixa, por favor, que eu faça mais uma prova com a lã. Que desta vez a lã fique seca, e que haja orvalho somente no chão em volta dela!

40 E Deus fez isso naquela noite. A lã ficou seca, e o chão em volta ficou coberto de orvalho.

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Juízes 7

Gideão derrota os midianitas

1 Jerubaal, isto é, Gideão, e todos os homens que estavam com ele se levantaram de madrugada e foram acampar perto da fonte de Harode. O acampamento dos midianitas ficava no vale, no lado norte, perto do monte Moré.

2 OSenhorDeus disse a Gideão:

— Você tem gente demais, e por isso não posso deixar que vocês derrotem os midianitas. Se eu deixasse, vocês poderiam pensar que venceram sem a minha ajuda.

3 Anuncie ao povo o seguinte: “Quem estiver com medo, que saia do monte Gilboa e volte para casa.”

Gideão anunciou, e vinte e dois mil homens voltaram. Mas dez mil ficaram.

4 E oSenhordisse a Gideão:

— Ainda é gente demais. Leve todos até as águas, e ali eu separarei os que irão com você. Se eu disser que um homem deve ir com você, ele irá. Se disser que outro não deve ir, ele não irá.

5 Aí Gideão fez com que os homens descessem até as águas. E oSenhorDeus lhe disse:

— Todos os homens que lamberem a água com a língua, como fazem os cachorros, devem ser separados dos que se ajoelharem para beber.

6 Trezentos homens juntaram água nas mãos e lamberam. Todos os outros se ajoelharam para beber.

7 Aí oSenhordisse a Gideão:

— Com estes trezentos homens que lamberam a água, eu libertarei vocês e lhes darei a vitória sobre os midianitas. Diga aos outros que voltem para casa.

8 Então Gideão mandou todos os outros israelitas para casa, menos aqueles trezentos. Mas estes ficaram com toda a comida e todas as cornetas. O acampamento dos midianitas estava abaixo deles, no vale.

9 Naquela noite oSenhorDeus disse a Gideão:

— Levante-se e ataque o acampamento dos midianitas. Eu já dei a vitória a você.

10 Mas, se você estiver com medo de atacar, desça até o acampamento deles. Leve junto Purá, o seu ajudante.

11 Você vai ouvir o que eles estão dizendo e então terá coragem para atacar o acampamento.

Gideão e Purá desceram até bem perto do acampamento inimigo.

12 Os midianitas, os amalequitas e os povos do deserto estavam espalhados no vale, como uma nuvem de gafanhotos. Eles e os seus camelos eram tantos como os grãos de areia da praia do mar.

13 Quando Gideão chegou, ouviu um homem contando o seu sonho a um amigo. Ele dizia:

— Eu sonhei que um pão decevadarolou para dentro do nosso acampamento. Veio e bateu numa barraca. Ela caiu, virou no avesso e ficou estendida no chão.

14 O amigo respondeu:

— É a espada de Gideão, o israelita, o filho de Joás! Isso quer dizer que Deus entregou a ele o nosso povo e todo o nosso exército!

15 Quando Gideão ouviu esse sonho e entendeu o que ele queria dizer, ajoelhou-se e adorou a Deus. Então voltou para o acampamento israelita e disse:

— Levantem-se! OSenhorDeus entregou o exército dos midianitas nas mãos de vocês!

16 Gideão separou os trezentos em três grupos e deu a cada homem uma corneta de chifre de carneiro e um jarro com uma tocha dentro.

17 E disse:

— Olhem para mim! E, quando eu chegar perto do acampamento inimigo, façam o que eu fizer.

18 Quando eu e o meu grupo tocarmos as cornetas, então vocês, que estarão cercando o acampamento, toquem as cornetas e gritem: “PeloSenhore por Gideão!”

19 Um pouco antes da meia-noite, na hora de ser trocada a guarda, Gideão e os seus cem homens chegaram bem perto do acampamento. Então tocaram as cornetas e quebraram os jarros que levavam.

20 Os três grupos tocaram as cornetas e quebraram os jarros. Eles seguravam a tocha na mão esquerda e a corneta na direita e gritavam: “Uma espada peloSenhore por Gideão!”

21 E cada um ficou parado no seu lugar em volta do acampamento. Então todo o exército inimigo fugiu, gritando.

22 Enquanto os trezentos homens tocavam as cornetas, oSenhorDeus fez com que os homens do acampamento atacassem uns aos outros com as suas espadas. Eles fugiram na direção de Zererá e foram a Bete-Sita e até a divisa de Abel-Meolá, perto de Tabate.

23 Então os homens dastribosde Naftali, de Aser e das duas metades da tribo de Manassés foram chamados e perseguiram os midianitas.

24 Gideão enviou mensageiros para dizerem a todos os que moravam na região montanhosa de Efraim:

— Desçam e lutem contra os midianitas. Defendam o rio Jordão e os seus riachos até Bete-Bara e não deixem os midianitas atravessarem.

Então os homens de Efraim foram e defenderam o rio Jordão e os seus riachos até Bete-Bara.

25 Eles prenderam Orebe e Zeebe, os dois chefes midianitas. Mataram Orebe na pedra de Orebe e mataram Zeebe no seu tanque de pisar uvas. Continuaram a perseguir os midianitas e levaram a cabeça de Orebe e a de Zeebe para Gideão, que estava a leste do rio Jordão.

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Juízes 8

A derrota final dos midianitas

1 Os homens datribode Efraim disseram a Gideão:

— Por que você não nos chamou quando foi lutar contra os midianitas? Por que fez isso com a gente?

E tiveram uma discussão muito forte com Gideão.

2 Mas ele lhes disse:

— O que eu fiz com os midianitas não é nada comparado com o que vocês fizeram. Até aquilo que o menor dos homens de Efraim fez tem mais valor do que aquilo que todos os homens do grupo de famílias de Abiezer fizeram.

3 Deus entregou Orebe e Zeebe, os chefes midianitas, a vocês. Que foi que eu fiz, que possa ser comparado com isso?

Quando Gideão disse isso, os homens de Efraim ficaram menos zangados.

4 Gideão e os seus trezentos homens foram até o rio Jordão e o atravessaram. Eles estavam muito cansados, mas continuaram a perseguir o inimigo.

5 Então Gideão fez aos homens da cidade de Sucote o seguinte pedido:

— Estou perseguindo os chefes midianitas Zeba e Salmuna, e os meus homens estão muito cansados. Por favor, deem comida para eles.

6 Mas os chefes de Sucote responderam:

— Por que devemos dar comida para o seu exército? Você ainda não prendeu Zeba e Salmuna!

7 Aí Gideão disse:

— Está bem. Mas, quando oSenhorme entregar Zeba e Salmuna, eu rasgarei a carne de vocês com os espinhos das plantas do deserto.

8 Gideão foi a Penuel e fez o mesmo pedido aos homens dali. Mas os homens de Penuel lhe deram a mesma resposta que os homens de Sucote tinham dado.

9 Aí Gideão disse:

— Quando eu voltar são e salvo, derrubarei esta torre!

10 Zeba e Salmuna estavam em Carcor com seu exército. De todo o exército dos povos do deserto, restavam apenas quinze mil homens. Cento e vinte mil tinham sido mortos.

11 Gideão foi pelo caminho que rodeava o deserto, a leste de Noba e Jogbeá, e atacou de surpresa o exército inimigo.

12 Zeba e Salmuna, os dois chefes midianitas, fugiram. Mas ele os perseguiu e os prendeu. E o exército inteiro foi derrotado.

13 Gideão, filho de Joás, voltou da batalha pela subida de Heres.

14 Prendeu um moço de Sucote e lhe fez perguntas. Então o rapaz escreveu para Gideão os nomes dos setenta e sete chefes e líderes de Sucote.

15 Aí Gideão foi falar com os homens de Sucote e disse:

— Vocês lembram de quando me desprezaram? Vocês disseram que não iam dar comida para o meu exército cansado porque eu ainda não tinha prendido Zeba e Salmuna. Muito bem, aqui estão eles!

16 Então pegou espinhos das plantas do deserto e com eles castigou os chefes de Sucote.

17 Também derrubou a torre de Penuel e matou os homens daquela cidade.

18 Aí perguntou a Zeba e Salmuna:

— Com quem se pareciam os homens que vocês mataram em Tabor?

E eles responderam:

— Pareciam com você. Todos tinham jeito de príncipe.

19 Gideão disse:

— Eles eram meus irmãos, filhos da minha mãe. Juro peloSenhorDeus que, se vocês não os tivessem matado, eu também não mataria vocês.

20 E disse a Jéter, o seu filho mais velho:

— Levante-se e mate-os.

Mas o rapaz não tirou a sua espada. Ele estava com medo, pois ainda era muito novo.

21 Então Zeba e Salmuna disseram a Gideão:

— Venha você mesmo nos matar porque para isso é preciso ter coragem de homem.

Aí Gideão matou Zeba e Salmuna e pegou os enfeites em forma de meia-lua que estavam no pescoço dos seus camelos.

22 Os homens de Israel disseram a Gideão:

— Você nos salvou dos midianitas. Portanto, seja nosso governador. E, depois de você, o seu filho e o seu neto.

23 Gideão respondeu:

— Eu não serei governador de vocês, e o meu filho também não. OSenhorDeus é quem será o governador de vocês.

24 E continuou:

— Mas vou fazer um pedido: cada um me dê um dos brincos que tirou dos vencidos.

Os midianitas usavam argolas de ouro nas orelhas porque eram gente do deserto.

25 Os homens de Gideão responderam:

— Nós os daremos com prazer a você.

Então estenderam umacapa, e cada um pôs nela os brincos que tinha tomado dos midianitas.

26 Os brincos de ouro que Gideão pediu pesaram quase trinta quilos. Isso fora os enfeites, os colares e as roupas depúrpuraque os chefes de Midiã usavam. E sem contar também os enfeites que estavam no pescoço dos seus camelos.

27 Com o ouro Gideão fez um ídolo e o colocou em Ofra, a sua cidade. Então todos os israelitas abandonaram a Deus e iam lá para adorar o ídolo. E isso foi uma armadilha para Gideão e a sua gente.

28 Os midianitas foram derrotados pelos israelitas e por muito tempo deixaram de ser uma ameaça para eles. E a terra ficou em paz durante quarenta anos enquanto Gideão viveu.

A morte de Gideão

29 Gideão voltou e ficou morando na sua própria casa.

30 Ele foi pai de setenta filhos, pois tinha muitas mulheres.

31 Ele também teve umaconcubinaem Siquém, e ela lhe deu um filho. Gideão pôs nele o nome de Abimeleque.

32 Gideão, filho de Joás, morreu bem velho e foi sepultado no túmulo de Joás, o seu pai, em Ofra, a cidade do grupo de famílias de Abiezer.

33 Depois que Gideão morreu, o povo de Israel abandonou a Deus novamente e adorou os deuses dos cananeus. Eles adotaram Baal-Berite como o seu deus.

34 Não serviram por muito tempo aoSenhorDeus, que os havia livrado de todos os inimigos que viviam ao redor deles.

35 E também não foram agradecidos à família de Gideão por tudo de bom que ele havia feito para o povo de Israel.

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Juízes 9

Abimeleque

1 Abimeleque, filho de Gideão, foi à cidade de Siquém, onde viviam todos os parentes da sua mãe. Ele pediu

2 que eles perguntassem aos homens de Siquém:

— O que é que vocês preferem: ser governados pelos setenta filhos de Gideão ou por um só homem? Lembrem que Abimeleque é do mesmo sangue de vocês.

3 Então os parentes da sua mãe falaram sobre isso com os homens de Siquém, e eles resolveram seguir Abimeleque porque era parente deles.

4 Deram a ele oitocentos gramas de prata tirados do templo de Baal-Berite. Com essa prata Abimeleque contratou alguns homens ordinários para o seguirem.

5 Abimeleque foi para a casa do seu pai em Ofra e ali, em cima de uma só pedra, ele matou os seus setenta irmãos, os filhos de Gideão. Mas Jotão, o filho mais moço, se escondeu e por isso não foi assassinado.

6 Então todos os homens de Siquém e de Bete-Milo se reuniram na árvore sagrada de Siquém e ali fizeram de Abimeleque o seu rei.

7 Quando Jotão soube disso, subiu até o alto do monte Gerizim e gritou para eles:

— Homens de Siquém, me escutem, e Deus escutará vocês!

8 Aí Jotão disse:

— Uma vez as árvores resolveram procurar um rei para elas. Então disseram à oliveira: “Seja o nosso rei.”

9 E a oliveira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar o meu azeite, usado para honrar os deuses e os seres humanos.”

10 — Aí as árvores pediram à figueira: “Venha ser o nosso rei.”

11 Mas a figueira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar os meus figos tão doces.”

12 — Então as árvores disseram àparreira: “Venha ser o nosso rei.”

13 Mas a parreira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar o meu vinho, que alegra os deuses e os seres humanos.”

14 — Aí todas as árvores pediram ao espinheiro: “Venha ser o nosso rei.”

15 E o espinheiro respondeu: “Se vocês querem mesmo me fazer o seu rei, venham e fiquem debaixo da minha sombra. Se vocês não fizerem isso, sairá fogo do espinheiro e queimará os cedros do Líbano.”

16 E Jotão continuou:

— Será que vocês foram sinceros e honestos quando fizeram de Abimeleque um rei? E será que vocês trataram Gideão e a sua família com decência e de acordo com o que ele merecia?

17 Lembrem que o meu pai lutou por vocês. Ele arriscou a vida para salvá-los dos midianitas.

18 Mas hoje vocês estão contra a família do meu pai. Vocês mataram os seus setenta filhos em cima de uma só pedra! E depois fizeram do seu filho Abimeleque, que é filho de uma escrava, o rei de Siquém. Fizeram isso somente porque ele é parente de vocês.

19 Agora, se o que vocês fizeram hoje com Gideão e a sua família foi sincero e honesto, então sejam felizes com Abimeleque, e que ele seja feliz com vocês!

20 Mas, se não, que de Abimeleque saia fogo e queime os homens de Siquém e de Bete-Milo! E que saia fogo dos homens de Siquém e de Bete-Milo e queime Abimeleque!

21 Aí Jotão fugiu e foi viver em Beer porque estava com medo do seu irmão Abimeleque.

A revolta de Gaal

22 Abimeleque governou o povo de Israel durante três anos.

23 Então Deus fez com que Abimeleque e os homens de Siquém se odiassem. E eles se revoltaram contra Abimeleque.

24 Isso aconteceu para que Abimeleque e os homens de Siquém, que o haviam ajudado a matar os setenta filhos de Gideão, pagassem pelo seu crime.

25 Os moradores de Siquém puseram homens escondidos no alto das montanhas para matar Abimeleque. Eles assaltavam todos os que passavam por aquele caminho. E Abimeleque soube disso.

26 Gaal, filho de Ebede, foi com os seus irmãos para Siquém, e os homens dali confiaram nele.

27 Eles foram até as suas plantações, apanharam uvas e prepararam vinho. Então fizeram uma festa. Depois entraram no templo do seu deus, comeram, beberam e amaldiçoaram Abimeleque.

28 Aí Gaal disse:

— Por que estamos sendo dominados por Abimeleque? Que tipo de homens somos nós, os homens de Siquém? E quem é ele? É o filho de Gideão. No entanto, Zebul recebe ordens dele. Por que devemos ser dominados por ele? Sejam fiéis ao seu antepassado Hamor, pai de Siquém.

29 Ah! Se eu fosse o líder deste povo! Expulsaria Abimeleque e diria: “Já que o seu exército é tão grande, então saia e lute!”

30 Zebul, o governador da cidade, ficou com muita raiva quando soube o que Gaal tinha dito.

31 E mandou mensageiros a Abimeleque, que estava em Arumá, para dizerem a ele:

— Gaal, filho de Ebede, e os seus irmãos vieram a Siquém e estão atiçando o povo da cidade contra você.

32 Por isso faça o seguinte: durante a noite você e os seus homens saiam e se escondam nos campos.

33 Amanhã levantem-se ao nascer do sol e ataquem de surpresa a cidade. E, quando Gaal e os seus homens saírem para lutar, ataquem com tudo o que vocês tiverem!

34 Então Abimeleque e todos os seus homens saíram durante a noite e se esconderam fora de Siquém, divididos em quatro grupos.

35 Gaal se levantou e foi para o portão da cidade. Aí Abimeleque e os seus homens saíram de onde estavam escondidos.

36 Quando Gaal os viu, disse a Zebul:

— Veja! Vem gente descendo do alto das montanhas!

Mas Zebul respondeu:

— Não são homens. São as sombras das montanhas.

37 Porém Gaal disse:

— Veja! Vem gente descendo bem na nossa frente, e um grupo vem vindo da árvore sagrada.

38 Então Zebul disse:

— Onde foi parar toda a sua conversa? Não foi você quem perguntou por que devíamos servir Abimeleque? Pois são estes os homens de quem você estava caçoando. Saia agora e lute contra eles.

39 Aí Gaal saiu na frente dos homens de Siquém e lutou contra Abimeleque.

40 Abimeleque o atacou, e Gaal fugiu. Muitos homens caíram feridos, até perto do portão da cidade.

41 Então Abimeleque voltou para Arumá, e Zebul foi até Siquém e expulsou de lá Gaal e os seus irmãos.

42 No dia seguinte o povo de Siquém saiu para os campos. E Abimeleque ficou sabendo disso.

43 Então ele dividiu os seus homens em três grupos e os deixou escondidos no campo, esperando. Quando Abimeleque viu o povo saindo da cidade, saiu de onde estava escondido e os matou.

44 Abimeleque e o seu grupo atacaram de surpresa e tomaram conta do portão da cidade. Os outros dois grupos atacaram o povo que estava nos campos e mataram todos.

45 Abimeleque combateu os homens da cidade o dia todo. Tomou a cidade e matou os seus moradores. Então destruiu a cidade e espalhou sal no chão.

46 Quando os chefes de Torre de Siquém souberam disso, foram todos para a fortaleza do templo de Baal-Berite para ficar em segurança.

47 Mas Abimeleque soube que eles estavam reunidos lá.

48 Aí subiu o monte Salmom com os seus homens. Pegou um machado, cortou um galho de árvore e o pôs no ombro. Disse aos homens para fazerem depressa a mesma coisa.

49 E cada um deles cortou um galho de árvore. Depois eles seguiram Abimeleque e fizeram uma pilha de galhos encostados na fortaleza. Em seguida puseram fogo nos galhos e queimaram a fortaleza com toda a gente dentro. Assim morreram todos os moradores de Torre de Siquém, mais ou menos mil homens e mulheres.

50 Depois Abimeleque foi a Tebes, cercou a cidade e a conquistou.

51 Em Tebes havia uma forte torre. Todos os homens e mulheres e os líderes da cidade correram e entraram nela. Fecharam as portas e foram para o terraço.

52 Abimeleque avançou, atacou a torre e chegou até a porta, para pôr fogo nela.

53 Mas uma mulher jogou uma pedra de moinho na cabeça dele e quebrou o seu crânio.

54 Aí ele chamou depressa o moço que carregava as suas armas e disse:

— Tire a sua espada e me mate. Não quero que digam que fui morto por uma mulher.

Então o rapaz tirou a espada e o matou.

55 Quando os israelitas viram que Abimeleque estava morto, voltaram todos para casa.

56 E assim Deus castigou Abimeleque pelo crime que havia cometido contra o seu pai — o crime de matar os seus setenta irmãos.

57 E, como castigo pela maldade dos homens de Siquém, Deus fez com que eles sofressem. E assim aconteceu o que Jotão, filho de Gideão, tinha dito que ia acontecer quando os amaldiçoou.

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Juízes 10

Tolá e Jair

1 Depois de Abimeleque, Tolá, filho de Puá e neto de Dodo, veio libertar o povo de Israel. Ele era datribode Issacar e morava na cidade de Samir, na região montanhosa de Efraim.

2 Tolá foi líder de Israel durante vinte e três anos. Depois morreu e foi sepultado em Samir.

3 Em seguida apareceu Jair, da terra de Gileade. Jair foi líder de Israel durante vinte e dois anos.

4 Ele tinha trinta filhos, que montavam trinta jumentos. Os seus filhos tinham trinta cidades na região de Gileade. Elas são chamadasaté hojede “cidades de Jair”.

5 Jair morreu e foi sepultado em Camom.

Os amonitas escravizam o povo de Israel

6 E mais uma vez os israelitas pecaram contra Deus, oSenhor. Adoraram o deusBaalde várias cidades, a deusaAstarotee também os deuses da Síria, de Sidom, de Moabe, de Amom e dos filisteus. Eles abandonaram oSenhore deixaram de adorá-lo.

7 Então ele ficou muitoiradocom os israelitas e deixou que sofressem nas mãos dos filisteus e dos amonitas.

8 Naquele mesmo ano eles derrotaram os israelitas e os escravizaram. Durante dezoito anos eles escravizaram todos os israelitas que viviam em Gileade, a leste do rio Jordão, na terra dos amorreus.

9 Os amonitas também atravessaram o rio Jordão para lutar contra astribosde Judá, de Benjamim e de Efraim. E assim Israel passava por uma grande aflição.

10 Então os israelitas pediram socorro a Deus, oSenhor, orando assim:

— Nosso Deus, nós pecamos contra ti porque te deixamos e adoramos os deuses dos cananeus.

11 E oSenhorrespondeu:

— No passado os egípcios, os amorreus, os amonitas, os filisteus,

12 os sidônios, os amalequitas e os maonitas escravizaram vocês, e vocês me pediram socorro. E eu os salvei deles.

13 Mas assim mesmo vocês me abandonaram e adoraram outros deuses. Por isso eu não vou mais ajudá-los.

14 Agora peçam socorro aos deuses que vocês escolheram. Que eles os ajudem quando vocês estiverem em dificuldades!

15 Mas o povo de Israel respondeu:

— De fato, nós pecamos. Faze de nós o que quiseres. Mas salva-nos hoje, por favor.

16 Então eles jogaram fora os seus deuses estrangeiros e adoraram a Deus, oSenhor. E ele teve pena deles por causa da situação difícil em que estavam.

17 Então o exército amonita veio e acampou em Mispa.

18 E os chefes e o povo de Gileade combinaram que o homem que comandasse os israelitas na luta contra os amonitas seria o chefe dos moradores de Gileade.

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Juízes 11

Jefté

1 Jefté, da região de Gileade, era um soldado valente. O seu pai se chamava Gileade, e a sua mãe era uma prostituta.

2 A esposa de Gileade também teve filhos. Quando cresceram, eles expulsaram Jefté, dizendo:

— Você não vai herdar nada do nosso pai porque é filho de outra mulher.

3 Jefté fugiu dos seus irmãos e foi morar na terra de Tobe. Lá alguns homens ordinários se juntaram a ele, e andavam juntos.

4 Algum tempo depois os amonitas foram guerrear contra o povo de Israel.

5 Quando isso aconteceu, os chefes de Gileade foram buscar Jefté na terra de Tobe

6 e disseram:

— Venha com a gente e seja o nosso chefe na guerra contra os amonitas.

7 Jefté respondeu:

— Eu sei que vocês me odeiam; e odeiam tanto, que me fizeram sair da casa do meu pai. Como é que vocês vêm me pedir ajuda, agora que estão em dificuldade?

8 — Nós viemos falar com você porque queremos que comande todo o povo de Gileade na luta contra os amonitas! — responderam eles.

9 Jefté disse:

— Se me levarem de volta para casa a fim de lutar contra os amonitas, e se oSenhorDeus me der a vitória, eu serei o governador de vocês. Está certo?

10 Eles responderam:

— Sim. Nós faremos como você diz. OSenhoré a nossa testemunha.

11 Aí Jefté foi com os chefes de Gileade, e o povo o colocou como governador e chefe. E em Mispa, na presença doSenhor, Jefté fez o povo jurar que faria tudo o que havia sido dito.

12 Então Jefté enviou mensageiros ao rei dos amonitas. Os mensageiros disseram:

— O que é que vocês têm contra mim? Por que invadiram o meu país?

13 O rei dos amonitas respondeu:

— Quando os israelitas saíram do Egito, tomaram a minha terra, desde o rio Arnom até os rios Jaboque e Jordão. Agora, sem luta, vocês devem devolver a minha terra.

14 Jefté mandou outros mensageiros ao rei dos amonitas

15 com a seguinte resposta:

— O povo de Israel não tomou a terra de Moabe nem a terra de Amom.

16 Quando os israelitas saíram do Egito, foram pelo deserto até o golfo de Ácaba e daí até Cades.

17 Eles mandaram mensageiros ao rei dos edomitas, pedindo licença para passar pelas suas terras, mas ele não deixou. Então os israelitas pediram a mesma coisa ao rei de Moabe, porém ele também não deixou. Por isso os israelitas ficaram em Cades.

18 — Eles foram pelo deserto. Rodearam a terra dos edomitas e dos moabitas e chegaram até a parte leste de Moabe, no outro lado do rio Arnom. Acamparam ali, mas não atravessaram o rio porque estava na fronteira de Moabe.

19 Aí os israelitas mandaram mensageiros a Seom, o rei amorreu de Hesbom, e pediram licença para atravessar aquele país a fim de poderem chegar à sua terra.

20 Mas Seom não deixou. Levou todo o seu exército, acampou em Jasa e atacou o povo de Israel.

21 Mas oSenhor, o Deus de Israel, fez com que os israelitas derrotassem Seom e todos os seus homens. E assim os israelitas conquistaram toda a terra que era dos amorreus.

22 Tomaram toda a terra dos amorreus: desde o rio Arnom, ao Sul, até o rio Jaboque, ao Norte; e, desde o deserto, a Leste, até o rio Jordão, a Oeste.

23 Assim, foi oSenhor, o Deus de Israel, quem expulsou os amorreus para o seu povo, os israelitas.

24 E agora vocês querem tentar tomar a terra de volta? Podem ficar com tudo o que Quemos, o deus de vocês, lhes deu.

— Mas nós vamos ficar com tudo o que oSenhor, nosso Deus, conquistou para nós.

25 Você pensa que é melhor do que Balaque, filho de Zipor, que era rei de Moabe? Será que alguma vez ele desafiou Israel? Quando foi que ele guerreou contra nós?

26 Durante trezentos anos o povo de Israel morou em Hesbom e Aroer. Morou também nas cidades vizinhas e em todas as outras cidades das margens do rio Arnom. Por que foi que vocês não tomaram essas cidades de volta durante todo esse tempo?

27 Não! Eu não fiz nada de errado contra vocês. Vocês é que fazem mal, querendo lutar contra mim. OSenhoré o juiz. Ele decidirá hoje entre os israelitas e os amonitas.

28 Mas o rei dos amonitas não quis ouvir a mensagem que Jefté havia mandado.

29 Então o Espírito doSenhordominou Jefté, e ele atravessou Gileade e Manassés e voltou para Mispa, em Gileade. Dali foi para Amom

30 e prometeu aoSenhoro seguinte:

— Se fizeres com que eu vença os amonitas,

31 eu queimarei emsacrifícioaquele que sair primeiro da minha casa para me encontrar quando eu voltar da guerra. Eu o oferecerei em sacrifício a ti.

32 Então Jefté atravessou o rio para lutar contra os amonitas, e oSenhorlhe deu a vitória.

33 Ele derrotou os amonitas desde Aroer até perto de Minite — vinte cidades ao todo — e continuou até Abel-Queramim. Houve uma grande matança, e os israelitas derrotaram os amonitas.

A filha de Jefté

34 Quando Jefté voltou para a sua casa, em Mispa, a sua filha saiu ao seu encontro, dançando e tocando pandeiro. Era filha única; ele não tinha mais nenhuma filha ou filho.

35 Quando Jefté a viu, ficou desesperado, rasgou as suas roupas e disse:

— Ah! Minha filha! Você está partindo o meu coração! Por que tem de ser você quem me vai fazer sofrer? Eu fiz uma promessa a Deus, oSenhor, e não posso voltar atrás.

36 Ela respondeu:

— Se o senhor fez uma promessa aoSenhorDeus, faça de mim o que prometeu. Pois oSenhorDeus deixou que o senhor se vingasse dos nossos inimigos, os amonitas.

37 E continuou:

— Só peço uma coisa: deixe que eu vá com as minhas amigas pelos montes e chore durante dois meses porque nunca chegarei a ser mãe.

38 E o pai deixou que ela fosse por dois meses. Então ela e as suas amigas saíram pelas montanhas, chorando porque ela nunca chegaria a ser mãe.

39 Depois dos dois meses, ela voltou para o pai. E ele fez o que havia prometido a Deus. Assim ela morreu virgem. Daí veio o costume de as mulheres israelitas

40 saírem durante quatro dias, todos os anos, para chorar pela filha de Jefté, o gileadita.

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Juízes 12

Jefté e a tribo de Efraim

1 Os homens datribode Efraim se reuniram para lutar. Eles atravessaram o rio Jordão para o lado de Zafom e disseram a Jefté:

— Por que é que você saiu para combater os amonitas e não nos chamou para irmos também? Por causa disso nós vamos queimar a sua casa com você dentro!

2 Mas Jefté respondeu:

— Eu e o meu povo tínhamos uma briga séria com os amonitas. Chamei vocês, mas vocês não me livraram deles.

3 Quando vi que vocês não iam me ajudar, arrisquei a vida e fui combater contra eles. E oSenhorDeus me deu a vitória. Então por que é que vocês vêm agora lutar contra mim?

4 Aí Jefté juntou todos os homens de Gileade. Eles guerrearam contra os homens de Efraim e os derrotaram. Fizeram isso porque os efraimitas tinham dito: “Vocês, gileaditas que moram nas terras de Efraim e de Manassés, são desertores de Efraim.”

5 Para não deixar que os efraimitas passassem, os gileaditas tomaram os lugares onde o rio Jordão podia ser atravessado. Quando algum efraimita que estava tentando escapar pedia para atravessar o rio, os homens de Gileade perguntavam:

— Você é efraimita?

Se ele respondia que não,

6 eles o mandavam dizer a palavra “Chibolete”. Mas, se ele dizia “Sibolete” porque não podia falar direito a palavra, então o agarravam e matavam ali mesmo, na beira do rio Jordão. Naquela ocasião foram mortos quarenta e dois mil efraimitas.

7 Jefté, o gileadita, governou Israel durante seis anos. Então morreu e foi sepultado na sua cidade natal, em Gileade.

Ibsã, Elom e Abdom

8 Depois de Jefté, Ibsã, da cidade de Belém, governou o povo de Israel.

9 Ele tinha trinta filhos e trinta filhas. Deixou que as trinta filhas casassem com rapazes de fora do seu grupo de famílias e trouxe trinta moças de fora para casarem com os seus filhos. Ibsã governou Israel sete anos.

10 Então morreu e foi sepultado em Belém.

11 Depois de Ibsã, Elom, que era datribode Zebulom, governou Israel dez anos.

12 Então morreu e foi sepultado em Aijalom, na terra de Zebulom.

13 Depois de Elom, Abdom governou o povo de Israel. Ele era filho de Hilel, da cidade de Piratom.

14 Abdom tinha quarenta filhos e trinta netos, que montavam setenta jumentos. Ele governou Israel oito anos.

15 Então morreu e foi sepultado em Piratom, que fica na terra de Efraim, na região montanhosa dos amalequitas.

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Juízes 13

O nascimento de Sansão

1 Os israelitas pecaram outra vez contra Deus, oSenhor, e por isso ele deixou que sofressem quarenta anos nas mãos dos filisteus.

2 Havia um homem chamado Manoá, que era da cidade de Zora e pertencia àtribode Dã. A sua mulher não podia ter filhos.

3 O Anjo doSenhorapareceu a ela e disse:

— Você não podia ter filhos e por isso nunca foi mãe. Mas agora você ficará grávida e terá um filho.

4 Não tome vinho nem cerveja e não coma nenhuma comida proibida

5 porque você ficará grávida e dará à luz um filho. Não corte nunca o cabelo dele, pois ele será consagrado a Deus comonazireudesde o dia do seu nascimento. Ele vai começar a livrar o povo de Israel do poder dos filisteus.

6 Então a mulher procurou o marido e disse:

— Um homem de Deus falou comigo. Ele parecia um anjo de Deus, e isso me deixou apavorada. Eu não perguntei de onde ele vinha, e ele não me disse como se chamava.

7 Mas prometeu que eu ficarei grávida e que terei um filho. E mandou que eu não beba vinho nem cerveja e não coma nenhuma comida proibida, pois o menino será dedicado a Deus como nazireu por toda a vida.

8 Então Manoá orou aoSenhor, dizendo:

— Ó meu Deus, peço que mandes de volta o homem de Deus que enviaste, para ele nos dizer o que devemos fazer com o menino quando nascer.

9 Deus fez o que Manoá pediu: o Anjo apareceu de novo à sua mulher quando ela estava sentada no campo. E o marido não estava por perto.

10 Então ela correu depressa para o lugar onde ele estava e disse:

— O homem que falou comigo outro dia apareceu novamente.

11 Manoá se levantou e seguiu a mulher. Foi até onde estava o homem e perguntou:

— Você é o homem que falou com a minha mulher?

— Sim! — respondeu ele.

12 Então Manoá disse:

— Quando acontecer o que você falou, como é que o menino deverá agir? O que deverá fazer?

13 O Anjo doSenhorrespondeu:

— A sua mulher deve fazer tudo o que eu já disse a ela.

14 Não vai comer nada que seja feito de uvas. Não vai tomar nem vinho nem cerveja e não vai comer nenhuma comida proibida. Ela deve fazer tudo o que eu disse.

15-16 Manoá não sabia que aquele era o Anjo doSenhor. E disse:

— Por favor, não vá embora ainda. Espere, que nós vamos cozinhar um cabrito para você.

— Se eu ficar, não comerei a sua comida! — respondeu o Anjo. — Mas, se você quiser prepará-la, então queime-a como oferta aoSenhor.

17 Manoá disse:

— Qual é o seu nome? Nós precisamos saber para poder prestar-lhe uma homenagem quando acontecer aquilo que você disse.

18 — Por que você quer saber o meu nome? — perguntou o Anjo. — O meu nome é um mistério.

19 Então Manoá pegou o cabrito e cereais e os ofereceu numa pedra aoSenhor, o Deus dos mistérios.

20 Enquanto as chamas subiam do altar, Manoá e a sua mulher viram o Anjo doSenhorsubir para o céu, no meio das chamas. Aí se ajoelharam e encostaram o rosto no chão.

21 Manoá e a sua mulher nunca mais viram o Anjo. E Manoá compreendeu que aquele homem era o Anjo doSenhor.

22 Então disse à mulher:

— Nós vamos morrer porque vimos Deus!

23 Porém ela respondeu:

— Se oSenhornos quisesse matar, não teria aceitado nossas ofertas. Ele não nos teria mostrado tudo isso, nem falado todas essas coisas.

24 A mulher de Manoá deu à luz um filho e pôs nele o nome de Sansão. O menino cresceu, e oSenhoro abençoou.

25 Sansão estava no campo de Dã, entre Zora e Estaol, quando começou a sentir que o Espírito doSenhoro dirigia.

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