Juízes 14

O casamento de Sansão

1 Sansão desceu até a cidade de Timna e ali viu uma moça filisteia.

2 Voltou para casa e disse ao seu pai e à sua mãe:

— Eu vi em Timna uma jovem filisteia. Peçam essa moça para mim porque eu quero casar com ela.

3 Mas o seu pai e a sua mãe responderam:

— Por que é que você foi procurar mulher no meio dos filisteus, aquela gente que não pratica acircuncisão? Será que você não podia achar mulher no meio dos nossos parentes ou entre o nosso povo?

Mas Sansão disse ao seu pai:

— É aquela a moça que eu quero. É dela que eu gosto.

4 O seu pai e a sua mãe não sabiam que era oSenhorDeus que estava orientando Sansão para fazer aquilo. Deus estava procurando uma oportunidade para atacar os filisteus, que naquele tempo dominavam o povo de Israel.

5 Sansão desceu com os seus pais até a cidade de Timna. Quando estavam passando pelas plantações de uvas de Timna, um leão novo veio rugindo para cima dele.

6 Mas o Espírito doSenhorfez com que Sansão ficasse forte. Com as suas próprias mãos, Sansão despedaçou o leão, como se fosse um cabrito. Porém não contou nem ao seu pai nem à sua mãe o que havia feito.

7 Então ele foi conversar com a moça e gostou dela.

8 Poucos dias depois Sansão voltou lá para casar com ela. Saiu da estrada para dar uma olhada no leão que havia matado. E ficou espantado ao ver um enxame de abelhas e mel dentro do corpo do animal morto.

9 Então tirou mel com as mãos e saiu comendo. Foi até onde estavam o seu pai e a sua mãe e lhes deu um pouco. E eles comeram. Porém Sansão não lhes contou que havia tirado o mel do corpo do leão.

10 O pai de Sansão foi à casa da moça, e Sansão deu um banquete ali, como era o costume dos moços.

11 Quando os filisteus o viram, trouxeram trinta rapazes para festejar com ele.

12-13 E Sansão lhes disse:

— Eu tenho uma adivinhação para vocês. Aposto trintatúnicasde linho puro e trinta roupas finas que, antes de se passarem os sete dias da festa de casamento, vocês não me darão a resposta.

Eles responderam:

— Diga qual é a adivinhação.

14 Sansão disse:

“Do que come saiu comida,

e do forte saiu doçura.”

Três dias depois eles ainda não haviam encontrado a resposta para a adivinhação.

15 No quarto dia disseram à mulher de Sansão:

— Dê um jeito de fazer o seu marido dar a resposta da adivinhação. Se você não fizer isso, nós vamos pôr fogo na casa do seu pai e vamos queimar você junto. Vocês só nos convidaram para poder nos roubar, não foi?

16 Aí a mulher de Sansão lhe disse, chorando:

— Você não me ama! Você me odeia! Você deu uma adivinhação aos meus amigos e não me contou a resposta!

— Eu não contei nem para o meu pai nem para a minha mãe! — respondeu ele. — Por que acha que eu iria contar para você?

17 Então ela chorou durante os outros dias da festa. No sétimo dia, como a mulher não parava de insistir, ele disse a resposta. E ela contou aos seus amigos.

18 Assim, no sétimo dia, antes de anoitecer, os homens da cidade disseram a Sansão:

“Que coisa é mais doce do que o mel?

E o que é mais forte do que o leão?”

Sansão respondeu:

— Se vocês não tivessem conversado com a minha mulher, não saberiam agora a resposta.

19 Então o Espírito doSenhorfez com que Sansão ficasse forte, e ele desceu até Asquelom e ali matou trinta homens. Tirou as roupas finas que eles vestiam e as deu aos rapazes que tinham respondido à adivinhação. Depois voltou para a casa do seu pai, furioso com o que havia acontecido.

20 E a mulher de Sansão foi dada ao homem que tinha sido o seu padrinho de casamento.

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Juízes 15

1 Algum tempo depois, durante a colheita do trigo, Sansão foi visitar a sua mulher e levou para ela um cabrito. E disse ao pai dela:

— Quero entrar no quarto da minha mulher.

Mas o pai não deixou

2 e respondeu:

— Eu pensei que você a odiava, e por isso a dei em casamento ao seu amigo. Mas a irmã menor é ainda mais bonita. Se você quiser, pode ficar com ela.

3 Sansão disse:

— Desta vez eu não sou responsável pelo que fizer com os filisteus.

4 Então caçou trezentas raposas, amarrou-as duas a duas pelos rabos e prendeu em cada par de rabos uma tocha.

5 Pôs fogo nas tochas e soltou as raposas nas plantações de trigo dos filisteus. E o fogo queimou não só o trigo que já havia sido colhido, mas também o que ainda estava nas plantações. Também os bosques de oliveiras foram queimados.

6 E os filisteus perguntaram:

— Quem foi que fez isso?

E ficaram sabendo que Sansão tinha feito aquilo porque o seu sogro havia tomado a mulher dele e dado ao seu amigo. Então os filisteus foram e queimaram viva a mulher de Sansão e a família dela.

7 Aí Sansão disse:

— Então é assim que vocês fazem? Pois eu juro que não descansarei até que paguem por isso!

8 E atacou furiosamente, matando muitos deles. Depois saiu de lá e foi para a caverna da rocha de Etã.

Sansão derrota os filisteus

9 Os filisteus foram, acamparam em Judá e atacaram a cidade de Leí .

10 Os homens de Judá perguntaram aos filisteus:

— Por que foi que vocês nos atacaram?

E eles responderam:

— Viemos até aqui para prender Sansão e fazer com ele o mesmo que ele fez com a gente.

11 Então três mil homens de Judá foram falar com Sansão na caverna da rocha de Etã. E disseram:

— Você não sabe que os filisteus mandam em nós? Por que você foi fazer aquilo?

— Eu fiz com eles o que eles fizeram comigo! — respondeu Sansão.

12 — Nós viemos até aqui para amarrar e entregar você aos filisteus! — disseram eles.

Sansão respondeu:

— Prometam que vocês não me matarão.

13 — Prometemos! — disseram eles. — Nós vamos somente amarrar você e entregar aos filisteus. Não vamos matá-lo.

Então o amarraram com duas cordas novas e o fizeram sair da caverna.

14 Quando Sansão chegou a Leí, os filisteus, gritando, vieram encontrá-lo. Mas o Espírito doSenhorfez com que Sansão ficasse forte. E ele arrebentou as cordas que amarravam os seus braços e as suas mãos, como se fossem fios de linha queimados.

15 Encontrou por ali uma queixada de jumento que ainda não estava seca. Pegou a queixada e com ela matou mil homens.

16 Aí começou a cantar assim:

“Com a queixada de um jumento,

matei mil homens.

Com a queixada de um jumento,

fiz montões e montões de corpos .”

17 Depois jogou fora a queixada. E aquele lugar foi chamado de “monte da Queixada”.

18 Sansão ficou com muita sede e fez esta oração a Deus, oSenhor:

— Tu me deste esta grande vitória. Será que agora vais deixar que eu morra de sede e caia nas mãos desta gente que não pratica acircuncisão?

19 Então, na cidade de Leí, Deus abriu um buraco, e dele saiu água. Sansão bebeu daquela água e sentiu-se bem melhor. Aquela fonte foi chamada de En-Hacoré e existeaté hoje.

20 Sansão governou o povo de Israel vinte anos, na época em que os filisteus dominavam aquela terra.

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Juízes 16

Sansão em Gaza

1 Dali Sansão foi até a cidade de Gaza. Lá viu uma prostituta e teve relações com ela.

2 O povo de Gaza soube que Sansão estava lá. Então eles cercaram o lugar e ficaram a noite toda esperando Sansão no portão da cidade. Ficaram em silêncio, pensando:

— Vamos esperar o amanhecer. Então nós o matamos.

3 Mas Sansão ficou deitado somente até a meia-noite. Depois se levantou e arrancou o portão da cidade, com os batentes e as trancas. Pôs tudo nos ombros e carregou para o alto do monte que está em frente da cidade de Hebrom.

Sansão e Dalila

4 Depois disso Sansão se apaixonou por uma mulher chamada Dalila, que morava no vale de Soreque.

5 Então os governadores das cinco cidades dos filisteus foram falar com ela. Eles disseram assim:

— Dê um jeito de Sansão contar a você por que ele é tão forte e como é que o poderemos dominar, amarrar e deixar sem defesa. Se você fizer isso, cada um de nós lhe dará mil e cem barras de prata.

6 Então Dalila pediu a Sansão:

— Por favor, me conte o segredo da sua força. Se alguém quiser amarrar você e deixar sem defesa, o que é que ele deve fazer?

7 Sansão respondeu:

— Se me amarrarem com sete cordas de arco, novas, que ainda não secaram, eu ficarei fraco e serei como qualquer um.

8 Aí os governadores dos filisteus trouxeram para Dalila sete cordas de arco, novas, que ainda não estavam secas, e ela amarrou Sansão.

9 Dalila havia deixado alguns homens escondidos, esperando no outro quarto. Então gritou:

— Sansão! Os filisteus estão chegando!

E ele arrebentou as cordas de arco, como se fossem fios de linha queimada. Assim eles continuaram sem saber qual era o segredo da força de Sansão.

10 Então Dalila lhe disse:

— Até agora você mentiu e caçoou de mim. Por favor, me diga como é que alguém pode amarrar você.

11 Sansão respondeu:

— Se me amarrarem com cordas novas, que nunca foram usadas, ficarei fraco e serei como qualquer um.

12 Aí Dalila pegou cordas novas e amarrou os braços dele. Depois gritou:

— Sansão! Os filisteus estão chegando!

Os homens estavam novamente escondidos, esperando no outro quarto. Mas Sansão arrebentou as cordas como se fossem fios de linha.

13 E Dalila disse:

— Você continua mentindo e caçoando de mim. Diga como é que alguém pode amarrar você.

Ele respondeu:

— Se você tecer num tear as sete tranças do meu cabelo e prendê-las com um prego grande de madeira, eu ficarei fraco e serei como qualquer um.

14 Então Dalila fez com que Sansão dormisse. Quando ele adormeceu, ela pegou e teceu as sete tranças dele num tear e prendeu-as com um prego grande de madeira. Depois gritou:

— Sansão! Os filisteus estão chegando!

Mas ele se levantou, arrancou o prego e tirou o cabelo do tear.

15 Então ela disse:

— Por que você diz que me ama se isso não é verdade? Você me fez de boba três vezes e até agora não me contou por que é tão forte.

16 E ela continuou a perguntar isso todos os dias. Sansão ficou tão cansado com a insistência dela, que já não aguentava mais.

17 E acabou lhe contando a verdade:

— O meu cabelo nunca foi cortado! — disse ele. — Eu fui dedicado a Deus comonazireudesde que nasci. Se o meu cabelo for cortado, perderei a minha força, ficarei fraco e serei como qualquer um.

18 Quando Dalila percebeu que ele tinha dito a verdade, mandou o seguinte recado aos governadores filisteus:

— Voltem de novo. Agora ele me disse a verdade.

Então eles vieram e trouxeram o dinheiro.

19 Ela fez com que Sansão dormisse no seu colo. Em seguida chamou um homem, e ele cortou as sete tranças de Sansão. Aí Dalila começou a provocá-lo, mas ele havia perdido a sua força.

20 Ela gritou:

— Sansão! Os filisteus estão chegando!

Ele se levantou e pensou: “Eu me livrarei como sempre.” Sansão não sabia que oSenhoro havia abandonado.

21 Os filisteus o pegaram e furaram os seus olhos. Então o levaram para Gaza e o prenderam com correntes de bronze. E o puseram para trabalhar na prisão, virando um moinho.

22 Mas o seu cabelo começou a crescer de novo.

A morte de Sansão

23 Os governadores filisteus se reuniram para fazer uma festa e oferecer um grandesacrifícioao seu deus Dagom. Eles cantavam: “O nosso deus entregou o nosso inimigo Sansão nas nossas mãos!”

24 E o povo, quando viu Sansão, cantou louvores ao deus Dagom, assim: “O nosso deus entregou nas nossas mãos o inimigo que destruía a nossa terra e matava muitos dos nossos.”

25 E, no meio daquela alegria, disseram:

— Chamem Sansão, para ele nos divertir.

Trouxeram Sansão para fora da cadeia e se divertiram à custa dele. Depois o colocaram entre as colunas do templo.

26 Então Sansão pediu ao rapaz que o guiava pela mão:

— Deixe-me tocar nas colunas que sustentam o templo para que eu possa me encostar nelas.

27 O templo estava cheio de homens e mulheres. Os cinco governadores filisteus estavam lá. Havia no terraço mais ou menos três mil homens e mulheres olhando para Sansão e se divertindo à custa dele.

28 E Sansão orou aoSenhor, dizendo:

— ÓSenhor, meu Deus, peço que lembres de mim. Por favor, dá-me força só mais esta vez. Deixa que eu, de uma só vez, me vingue dos filisteus, por terem furado os meus olhos.

29 Então agarrou as duas colunas do meio, que sustentavam o templo. Com a mão direita numa coluna e a esquerda na outra, jogou todo o seu peso contra elas

30 e gritou:

— Que eu morra com os filisteus!

Em seguida deu um empurrão com toda a força, e o templo caiu sobre os governadores e todas as outras pessoas. E assim Sansão matou mais gente na sua morte do que durante a sua vida.

31 Os irmãos de Sansão e toda a sua família foram buscar o seu corpo. Eles o levaram e sepultaram entre Zora e Estaol, no túmulo de Manoá, o seu pai.

Sansão havia governado o povo de Israel durante vinte anos.

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Juízes 17

Mica e os seus ídolos

1 Havia um homem chamado Mica, que morava na região montanhosa de Efraim.

2 Ele disse à sua mãe:

— Quando roubaram aquelas suas mil e cem barras de prata, a senhora amaldiçoou o ladrão. Eu ouvi a senhora fazer isso. Sabe de uma coisa? A prata está comigo. Fui eu que roubei.

A sua mãe disse:

— Que oSenhorabençoe você, meu filho!

3 Então ele devolveu à sua mãe as mil e cem barras de prata. E ela disse:

— Meu filho, para tirar a maldição de cima de você, vou dar esta prata como oferta aoSenhor. Ela será usada para fazer um ídolo de madeira, folheado a prata. Por isso eu devolvo agora esta prata a você.

4 Mas o filho tornou a devolver a prata à sua mãe. Então ela pegou duzentas barras de prata e entregou a um ourives. Ele fez um ídolo de madeira e o folheou com a prata. E o ídolo foi colocado na casa de Mica.

5 Mica fez uma capela. Ele fez outros ídolos e também uma roupa de sacerdote. Separou um dos seus filhos para ser o seu sacerdote.

6 Naquele tempo não havia rei em Israel, e cada um fazia o que bem queria.

7 Um rapaz estava passando uns tempos na cidade de Belém de Judá. Ele eralevita.

8 Esse moço saiu de Belém, procurando um lugar para morar. E, viajando pela região montanhosa de Efraim, chegou à casa de Mica.

9 E Mica lhe perguntou:

— De onde você vem?

E o moço respondeu:

— Eu sou levita, de Belém, da região de Judá, e estou procurando um lugar para morar.

10 — Fique comigo — disse Mica — e seja o meu conselheiro e sacerdote. Eu lhe darei dez barras de prata por ano, roupa e comida.

11 Então o jovem levita concordou em ficar com Mica e ficou sendo como um filho para ele.

12 Assim Mica o escolheu para ser o seu sacerdote, e o rapaz ficou morando na sua casa.

13 E Mica disse:

— Eu sei que agora oSenhorDeus fará com que tudo corra bem para mim, pois tenho um levita como sacerdote.

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Juízes 18

Mica e a tribo de Dã

1 Naquele tempo não havia rei em Israel. E atribode Dã estava procurando uma terra para morar, terra que fosse só deles. Isso porque até aquela ocasião eles não tinham recebido a parte da terra que devia ser deles, embora as outras tribos de Israel já tivessem recebido a sua parte.

2 Então o povo de Dã escolheu cinco homens de valor entre todas as famílias da tribo. Eles foram mandados das cidades de Zora e Estaol para espiar e conhecer a terra. Foram para a região montanhosa de Efraim e ficaram na casa de Mica.

3 Enquanto estavam lá, perceberam, pelo jeito de o jovemlevitafalar, que ele não era dali. Então chegaram perto dele e perguntaram:

— O que é que você está fazendo aqui? Quem trouxe você para cá?

4 Ele respondeu:

— Eu fiz um trato com Mica. Ele me paga para ser sacerdote dele.

5 Aí disseram ao moço:

— Então pergunte a Deus se nós seremos bem-sucedidos na nossa viagem.

6 O sacerdote respondeu:

— Não se preocupem. OSenhorDeus estará com vocês nesta viagem.

7 Então os cinco homens saíram dali e foram para a cidade de Laís. Chegando lá, viram que o povo daquele lugar vivia em segurança, como os sidônios. Eram pacíficos e calmos e não tinham brigas com ninguém. Eles tinham tudo o que precisavam. Moravam longe dos sidônios e viviam afastados dos outros povos.

8 Quando os cinco homens voltaram para Zora e Estaol, a sua gente perguntou o que eles haviam descoberto.

9 E eles responderam:

— Vamos atacar! Nós vimos a terra, e ela é muito boa! Não fiquem aí parados! Vão depressa e tomem a terra!

10 Lá vocês vão ver que o povo não desconfia de nada. A terra deles é grande e tem tudo o que é preciso. E Deus a está dando a vocês.

11 Então seiscentos homens da tribo de Dã saíram de Zora e Estaol, prontos para a luta.

12 Subiram e acamparam a oeste da cidade de Quiriate-Jearim, na região de Judá. É por isso que aquele lugar é chamadoaté hojede “Campo de Dã”.

13 Dali foram para a região montanhosa de Efraim e chegaram à casa de Mica.

14 Aqueles cinco homens que haviam ido espiar a terra ao redor de Laís disseram aos seus companheiros:

— Vocês sabiam que numa dessas casas há um ídolo de madeira folheado a prata? Há também outros ídolos e uma roupa de sacerdote. O que vocês acham que devemos fazer?

15 Então eles entraram na casa de Mica, onde morava o jovem levita, e o cumprimentaram.

16 Enquanto isso, os seiscentos soldados da tribo de Dã estavam esperando no portão, prontos para combater.

17 Os cinco espiões entraram na casa, pegaram o ídolo de madeira folheado a prata, os outros ídolos e a roupa de sacerdote. O sacerdote tinha ficado no portão com os seiscentos soldados armados.

18 Quando os homens entraram na casa de Mica e pegaram os objetos sagrados, o sacerdote perguntou:

— O que vocês estão fazendo?

19 Eles responderam:

— Fique quieto. Não diga nada. Venha com a gente e seja o nosso sacerdote e conselheiro. Você não gostaria de ser o sacerdote de uma tribo inteira, em vez de ser sacerdote de apenas uma família?

20 O sacerdote ficou muito contente, pegou os objetos sagrados e foi com os espiões e os soldados.

21 Eles deram meia-volta, puseram na frente as crianças, o gado e os seus bens e partiram.

22 Já estavam longe quando os vizinhos de Mica, que haviam sido chamados para lutar, alcançaram os homens da tribo de Dã.

23 Estes, ao ouvirem os gritos dos que vinham atrás deles, deram meia-volta e perguntaram a Mica:

— O que é que há? Para que toda essa gente?

24 Ele respondeu:

— Vocês ainda me perguntam o que é que há? Vocês me tomaram os deuses que eu fiz e o meu sacerdote e foram embora! O que foi que sobrou para mim?

25 Os homens de Dã disseram:

— É melhor você não falar mais nada porque estes homens podem ficar zangados e acabar atacando vocês. Nesse caso você e toda a sua família morreriam.

26 Depois de dizerem isso, os homens de Dã partiram. Mica viu que eles eram mais fortes; então voltou para casa.

27 Os homens da tribo de Dã levaram as coisas que Mica havia feito e também o sacerdote dele. Aí foram e atacaram Laís, aquela cidade de povo pacífico e calmo. Mataram os seus moradores e queimaram a cidade.

28 Não havia ninguém para salvar aquela gente, pois Laís ficava longe de Sidom, e eles não tinham contato com outros povos. A cidade ficava no vale, perto de Bete-Reobe. A tribo de Dã construiu de novo Laís e ficou morando ali.

29 Deram à cidade o nome de Dã porque assim se chamava o fundador da tribo, que era filho de Jacó.

30 E os homens de Dã levantaram o ídolo para adorá-lo. Jônatas, filho de Gérson e neto de Moisés, foi sacerdote da tribo de Dã. Ele e os seus descendentes foram sacerdotes da tribo de Dã até que o povo foi levado como prisioneiro para fora da sua terra.

31 E o ídolo feito por Mica ficou com eles durante todo o tempo em que a casa de Deus esteve em Siló.

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Juízes 19

O levita e a sua concubina

1 Naqueles dias em que Israel não tinha rei, umlevitafoi morar bem longe, na região montanhosa de Efraim. Ele arranjou uma jovem de Belém de Judá para ser a suaconcubina.

2 Porém ela brigou com ele e voltou para a casa do seu pai, em Belém. E ficou lá durante quatro meses.

3 Então o homem resolveu ir a Belém atrás dela, para tentar convencê-la a voltar. Ele foi com o seu empregado e levou dois jumentos. E a moça o recebeu na casa do seu pai. Quando o pai da moça viu o levita, recebeu-o com alegria

4 e insistiu para que ficasse na sua casa. E ele ficou ali três dias. Assim o casal tomou as suas refeições e passou as noites ali.

5 No quarto dia eles se levantaram cedo e se aprontaram para ir embora. Mas o pai da moça disse ao levita:

— Coma alguma coisa antes de ir e assim você se sentirá melhor. Você pode ir mais tarde.

6 Então os dois homens se sentaram, e comeram, e beberam juntos. Aí o pai da moça disse:

— Por favor, fique mais uma noite e divirta-se.

7 O homem se levantou para sair, mas o pai da moça insistiu muito que ele ficasse. E assim o levita passou outra noite ali.

8 No quinto dia, bem cedo, ele se levantou para ir, mas o pai da moça pediu:

— Por favor, coma alguma coisa. Espere até mais tarde.

E os dois homens comeram juntos.

9 Quando o homem, a moça e o empregado iam saindo, o pai disse:

— Olhe! Agora já é quase noite. É melhor você ficar para passar a noite aqui. Logo vai ficar escuro. Fique aqui e divirta-se. Amanhã você poderá se levantar cedo e viajar de volta para casa.

10-11 Mas o levita não quis passar lá mais outra noite e partiu de viagem com a sua concubina, levando dois jumentos arreados. Já era quase noite quando chegaram perto da cidade de Jebus, isto é, Jerusalém. Então o empregado disse ao patrão:

— Por que não paramos e passamos a noite nesta cidade dos jebuseus ?

12 Mas o patrão respondeu:

— Não vamos parar numa cidade onde o povo não é israelita. Vamos continuar até Gibeá.

13 É melhor a gente andar mais um pouco e passar a noite em Gibeá ou Ramá.

14 Então passaram pela cidade de Jebus e continuaram a viagem. O sol já se havia escondido quando eles chegaram a Gibeá, cidade datribode Benjamim.

15 Aí saíram da estrada para passar a noite na cidade. O levita chegou e se sentou na praça. Mas ninguém o convidou para dormir na sua casa.

16 E aconteceu que passou por ali um velho que estava voltando do seu trabalho na roça. Ele era da região montanhosa de Efraim, mas estava morando em Gibeá. O povo dali era da tribo de Benjamim.

17 O velho viu o viajante na praça e perguntou:

— De onde você é? Para onde vai?

18 O levita respondeu:

— Eu estou viajando de Belém de Judá para bem longe, para a região montanhosa de Efraim, onde moro. Fui a Belém e agora estou voltando para casa, mas ninguém me ofereceu hospedagem para esta noite.

19 Nós temos alimento e palha para os jumentos, e pão e vinho para mim, para a minha concubina e para o meu empregado. Temos tudo o que precisamos.

20 O velho disse:

— Venham comigo; vocês serão bem-recebidos na minha casa. Eu cuidarei de vocês. Por favor, não passem a noite na praça.

21 Então ele os levou para a sua casa e deu de comer aos jumentos. Os seus hóspedes lavaram os pés, comeram e beberam.

22 Enquanto eles conversavam alegremente, alguns homens imorais daquela cidade cercaram a casa e começaram a bater na porta. E disseram ao velho:

— Traga para fora o homem que está na sua casa! Nós queremos ter relações com ele.

23 Aí o velho saiu e disse:

— Não, meus amigos! Por favor, não façam essa coisa tão má e tão imoral! Este homem é meu hóspede.

24 Olhem! Estão aqui a minha filha virgem e a concubina dele. Eu vou pôr as duas para fora, e vocês poderão fazer com elas o que quiserem. Mas não façam essa coisa horrível com este homem!

25 Mas eles não quiseram ouvi-lo. Então o levita pegou a sua concubina, a pôs para fora e a entregou a eles. E eles a forçaram, e abusaram dela a noite toda, e só a deixaram de manhã.

26 Ao amanhecer a mulher veio e caiu na frente da casa onde o seu marido estava. E ficou ali até clarear o dia.

27 De manhã o marido se levantou para continuar a viagem. Quando abriu a porta, achou a sua concubina caída em frente da casa, com as mãos na soleira da porta.

28 Aí lhe disse:

— Levante-se! Vamos embora!

Porém não teve resposta. Então pôs o corpo dela atravessado sobre o jumento e seguiu viagem para casa.

29 Quando chegou lá, entrou, pegou uma faca e cortou o corpo da concubina em doze pedaços. Depois mandou um pedaço para cada uma das doze tribos de Israel.

30 E todos os que viam isso diziam:

— Nunca vimos uma coisa assim! Nunca houve uma coisa igual a essa, desde o tempo em que os israelitas saíram do Egito! Pensem! O que vamos fazer agora?

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Juízes 20

Planos para castigar os moradores de Gibeá

1 Por causa disso todo o povo de Israel, desde Dã, no Norte, até Berseba, no Sul, e Gileade, no Leste, se reuniu em Mispa. Eles se reuniram na presença de Deus, oSenhor, como se fossem uma só pessoa.

2 Os chefes de todas astribosde Israel estavam presentes nessa reunião do povo de Deus. Havia quatrocentos mil homens a pé, treinados para a guerra.

3 E o povo de Benjamim soube que todos os outros israelitas haviam subido até Mispa e que eles queriam saber como aquele crime havia sido cometido.

4 Então olevita, marido da mulher assassinada, explicou:

— Cheguei com a minhaconcubinaa Gibeá, no território da tribo de Benjamim, para passar a noite.

5 Os homens de Gibeá vieram de noite e cercaram a casa. Eles queriam me matar. Em vez disso abusaram da minha concubina, e ela morreu.

6 Então eu peguei o corpo dela, cortei em pedaços e mandei um pedaço para cada uma das doze tribos de Israel. Aquela gente cometeu um crime horrível no meio do nosso povo.

7 Todos vocês que estão aqui são israelitas. Vamos resolver agora o que fazer.

8 Todo o povo de Israel se levantou ao mesmo tempo e disse:

— Nenhum de nós, nem os que moram em casas, nem os que moram em barracas, voltará para casa.

9 Vamos escolher alguns homens para atacar Gibeá.

10 A décima parte dos homens de Israel vai arranjar comida para os que vão lutar. Os outros vão castigar os moradores de Gibeá pelo crime horrível que cometeram em Israel.

11 Então todo o povo de Israel se reuniu como se fosse uma só pessoa para atacar a cidade de Gibeá.

12 As tribos israelitas mandaram que mensageiros fossem por toda a tribo de Benjamim e dissessem:

— Que crime horrível vocês cometeram!

13 Exigimos que vocês nos entreguem agora esses homens imorais para que nós os matemos. Assim tiraremos esse mal do meio do povo de Israel.

Mas o povo de Benjamim não deu atenção aos outros israelitas.

14 Eles saíram de todas as suas cidades e foram para Gibeá a fim de lutar contra o resto do povo de Israel.

15 Naquele dia eles convocaram das suas cidades vinte e seis mil soldados. Depois os moradores de Gibeá reuniram mais setecentos homens especialmente escolhidos,

16 que eram canhotos. Qualquer um deles podia atirar comfundauma pedra num fio de cabelo, sem nunca errar.

17 E os outros israelitas que iam lutar contra a tribo de Benjamim reuniram quatrocentos mil soldados treinados.

A guerra contra a tribo de Benjamim

18 Os israelitas foram ao lugar de adoração, em Betel, e ali perguntaram a Deus:

— Qual das nossastribosatacará primeiro a tribo de Benjamim?

E oSenhorrespondeu:

— A tribo de Judá.

19 Na manhã seguinte os israelitas subiram e acamparam perto da cidade de Gibeá.

20 Saíram para combater contra a tribo de Benjamim e puseram os soldados em posição de ataque, de frente para a cidade.

21 Então o exército de Benjamim saiu da cidade. E, antes de terminar o dia, eles mataram vinte e dois mil soldados israelitas.

22-23 Aí o povo de Israel foi para o lugar de adoração e, na presença doSenhor, chorou até a tarde. E eles perguntaram aoSenhor:

— Devemos ir combater outra vez os nossos irmãos da tribo de Benjamim?

E Deus respondeu:

— Sim.

Então o exército israelita se animou de novo. E eles puseram os seus soldados em posição de combate novamente, no mesmo lugar em que haviam lutado no dia anterior.

24 Os israelitas marcharam contra a tribo de Benjamim pela segunda vez.

25 E pela segunda vez os soldados de Benjamim saíram de Gibeá. E dessa vez mataram dezoito mil soldados israelitas treinados.

26 Então todo o povo de Israel subiu de novo até Betel para chorar. Ficaram ali na presença de Deus, oSenhor, e não comeram nada até a tarde. E apresentaram aoSenhorofertas que foram completamente queimadas esacrifíciosde paz.

27 Eles fizeram uma pergunta aoSenhor. (Acontece que naqueles dias aarca da aliançaestava ali em Betel.

28 E Fineias, filho de Eleazar e neto de Arão, estava encarregado de cuidar dela.) A pergunta que eles fizeram foi esta:

— Devemos sair mais uma vez para combater os nossos irmãos da tribo de Benjamim ou devemos desistir?

OSenhorrespondeu:

— Combatam porque amanhã eu farei com que vocês os derrotem.

29 Então os israelitas puseram alguns soldados escondidos em volta de Gibeá.

30 No terceiro dia marcharam de novo contra o exército da tribo de Benjamim. Os seus soldados ficaram em posição de batalha, de frente para Gibeá, como tinham feito antes.

31 Os soldados de Benjamim saíram para combater e se afastaram da cidade. Como haviam feito antes, começaram a matar algumas pessoas na estrada de Betel, na estrada de Gibeá e em campo aberto. Mataram mais ou menos trinta israelitas.

32 E diziam:

— Nós já os derrotamos, como das outras vezes.

Mas os israelitas disseram:

— Vamos recuar e fazer com que eles se afastem da cidade e venham para as estradas.

33 Então a maior parte do exército israelita saiu dali e tornou a se juntar em Baal-Tamar. Mas os homens que cercavam a cidade saíram de repente dos lugares onde estavam escondidos na planície de Gibeá.

34 Dez mil dos melhores soldados israelitas atacaram Gibeá, e o combate foi duro. Os benjamitas não imaginavam que iam ser destruídos.

35 OSenhorDeus fez com que os israelitas derrotassem o exército de Benjamim. E naquele dia os israelitas mataram vinte e cinco mil e cem inimigos.

36 Então os benjamitas compreenderam que estavam vencidos.

A vitória dos israelitas

Os israelitas tinham se retirado durante a luta contra os benjamitas porque confiavam nos homens que haviam colocado escondidos em volta de Gibeá.

37 Esses homens avançaram depressa na direção de Gibeá, espalharam-se e mataram todas as pessoas da cidade.

38 O exército israelita e os homens que estavam escondidos tinham combinado um sinal: quando vissem uma grande nuvem de fumaça subindo da cidade,

39 os israelitas que estavam fora, no campo de batalha, deviam dar meia-volta e atacar. Até aquele momento os benjamitas já haviam matado uns trinta israelitas e diziam:

— Sim. Já os derrotamos, como das outras vezes.

40 Então o sinal apareceu: uma nuvem de fumaça começou a subir da cidade. Os benjamitas olharam para trás e ficaram muito espantados quando viram a cidade inteira pegando fogo.

41 Então os homens de Israel deram meia-volta, e os benjamitas ficaram apavorados porque viram que iam ser destruídos.

42 Eles fugiram e correram na direção do deserto, mas não puderam escapar. Foram cercados pela maior parte do exército israelita e também pelos soldados que vinham da cidade e foram destruídos.

43 Os israelitas cercaram os inimigos, e os perseguiram sem parar até um lugar a leste de Gibeá, e os iam matando pelo caminho.

44 Dezoito mil dos melhores soldados benjamitas foram mortos.

45 Os outros fugiram na direção do deserto, para a rocha de Rimom. Cinco mil foram mortos nas estradas. Os israelitas perseguiram o resto e assim mataram mais dois mil homens.

46 Ao todo vinte e cinco mil benjamitas foram mortos naquele dia, todos eles soldados valentes.

47 Porém seiscentos homens fugiram para o deserto, para a rocha de Rimom, e ficaram lá quatro meses.

48 Os israelitas atacaram o resto dos benjamitas e os mataram, tanto homens como animais, e destruíram tudo o que encontraram. E queimaram todas as cidades da região.

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Juízes 21

Esposas para a tribo de Benjamim

1 O povo de Israel havia feito em Mispa este juramento a Deus:

— Nenhum de nós deixará que um homem datribode Benjamim case com uma das nossas filhas.

2 O povo foi a Betel e ficou ali na presença de Deus até a tarde. Eles choraram amargamente, em voz alta,

3 dizendo:

— ÓSenhor, Deus de Israel, por que aconteceu isso? Por que está faltando uma das nossas tribos?

4 O povo se levantou bem cedo na manhã seguinte e construiu ali um altar. Apresentaram ofertas que foram completamente queimadas esacrifíciosde paz.

5 E perguntaram:

— De todas as tribos de Israel, quem foi que não subiu para aquela reunião na presença doSenhorDeus, em Mispa?

Eles tinham feito um juramento muito sério: quem faltasse à reunião em Mispa seria morto.

6 O povo de Israel teve muita pena dos seus irmãos da tribo de Benjamim e disse:

— Hoje Israel perdeu uma das suas tribos.

7 O que faremos para arranjar esposas para os que ficaram? Pois juramos aoSenhorque não daríamos a eles nenhuma das nossas filhas.

8 Então perguntaram:

— De todas as tribos de Israel, quem não compareceu diante doSenhorem Mispa?

E ficaram sabendo que, de Jabes-Gileade, ninguém havia tomado parte na reunião.

9 Quando fizeram a chamada do povo, ninguém de Jabes-Gileade estava lá.

10 Então todos concordaram em mandar para lá doze mil homens, dos mais corajosos, com estas ordens:

— Vão e matem os moradores de Jabes-Gileade, tanto homens como mulheres e crianças.

11 Façam isto: matem todos os homens e todas as mulheres que não forem virgens.

12 E eles encontraram quatrocentas virgens em Jabes-Gileade e as levaram ao acampamento de Siló, que fica na terra de Canaã.

13 Então todos concordaram em mandar mensageiros aos benjamitas, na rocha de Rimom, para fazer uma proposta de paz.

14 Aí os benjamitas voltaram e receberam aquelas quatrocentas moças de Jabes-Gileade. Porém não havia moças em número suficiente para todos.

15 Então o povo ficou com pena dos benjamitas, pois pela vontade doSenhorestava faltando uma das tribos de Israel.

16 Aí os chefes do povo de Israel disseram:

— Não há mais mulheres na tribo de Benjamim. O que vamos fazer para arranjar esposas para os que ficaram?

17 O povo de Israel não deve perder uma das suas doze tribos. Temos de achar um jeito de a tribo de Benjamim não acabar.

18 Porém não podemos deixar que eles casem com as nossas filhas.

Eles falavam isso porque o povo de Israel havia amaldiçoado quem deixasse um benjamita casar com a sua filha.

19 Então disseram:

— A festa anual doSenhor, na cidade de Siló, está perto.

(Siló fica ao norte de Betel, ao sul de Lebona e a leste da estrada que vai de Betel a Siquém.)

20 E os chefes do povo de Israel disseram aos benjamitas:

— Vão, escondam-se nas plantações de uvas

21 e fiquem vigiando. Durante a festa, quando as moças de Siló saírem dançando, vocês também saiam das plantações de uvas. E cada um agarre uma das moças e leve embora para a terra de Benjamim.

22 Assim, quando os pais ou irmãos delas vierem se queixar, nós poderemos dizer: “Por favor, deixem que elas fiquem, pois na batalha contra Jabes-Gileade não conseguimos mulheres para todos os benjamitas. E vocês não serão culpados de quebrarem a promessa, pois não deram as suas filhas a eles: elas foram roubadas.”

23 E assim fizeram os benjamitas. Cada um deles escolheu uma esposa entre as moças que estavam dançando e a levou embora. Então voltaram para a sua terra, construíram de novo as suas cidades e ficaram morando ali.

24 Enquanto isso, os outros israelitas saíram, e cada um voltou para a sua tribo, a sua família e as suas terras.

25 Naquele tempo não havia rei em Israel, e cada um fazia o que bem queria.

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Josué 1

Josué fica no lugar de Moisés

1 Depois que Moisés,servodoSenhor, morreu, Deus disse ao ajudante de Moisés, chamado Josué, filho de Num:

2 — O meu servo Moisés está morto. Agora você e todo o povo de Israel se preparem para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que vou dar a vocês.

3 Como disse a Moisés, eu lhes darei toda a terra que pisarem.

4 Os limites dessa terra serão os seguintes: ao sul, o deserto; e, ao norte, os montes Líbanos; a leste, o grande rio Eufrates e toda a terra dos heteus; e, a oeste, o mar Mediterrâneo.

5 Você nunca será derrotado. Eu estarei com você como estive com Moisés. Nunca o abandonarei.

6 Seja forte e corajoso porque você vai comandar este povo quando eles tomarem posse da terra que prometi aos antepassados deles.

7 Seja forte e muito corajoso. Tome cuidado e viva de acordo com toda aLeique o meu servo Moisés lhe deu. Não se desvie dela em nada e você terá sucesso em qualquer lugar para onde for.

8 Fale sempre do que está escrito noLivro da Lei. Estude esse livro dia e noite e se esforce para viver de acordo com tudo o que está escrito nele. Se fizer isso, tudo lhe correrá bem, e você terá sucesso.

9 Lembre da minha ordem: “Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, oSenhor, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for!”

Preparativos para atravessar o rio Jordão

10 Então Josué ordenou aos líderes israelitas:

11 — Vão pelo meio do acampamento, dando esta ordem ao povo: “Arranjem comida porque daqui a três dias vocês vão atravessar o rio Jordão para tomar posse da terra que oSenhor, nosso Deus, lhes dará.”

12 E Josué disse àstribosde Rúben, de Gade e de Manassés do Leste:

13 — Lembrem da ordem de Moisés,servodoSenhor: “OSenhor, nosso Deus, dará esta terra a vocês para morarem nela e ali viverem em segurança.

14 As suas mulheres, as crianças e o gado ficarão aqui na terra que Moisés lhes deu a leste do rio Jordão. Mas que os homens peguem as suas armas e atravessem o rio na frente dos seus irmãos israelitas e estejam prontos para ajudá-los na batalha!

15 Eles tomarão posse da terra que oSenhor, nosso Deus, lhes dará e ficarão morando nela. Quando isso acontecer, vocês voltarão para viver na terra que Moisés, servo de Deus, deu a vocês aqui, a leste do Jordão.”

16 Então eles responderam a Josué:

— Faremos tudo o que você mandou e iremos aonde nos enviar.

17 Assim como sempre obedecemos a Moisés, também obedeceremos a você. Que oSenhor, seu Deus, esteja com você como esteve com Moisés!

18 Quem se revoltar e desobedecer a qualquer ordem sua será morto. Acima de tudo seja forte e corajoso!

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Josué 2

Josué envia espiões a Jericó

1 Do acampamento do vale das Acácias, Josué mandou secretamente dois espiões com a seguinte ordem:

— Examinem bem a terra, especialmente a cidade de Jericó.

Então eles foram, entraram na casa de uma prostituta chamada Raabe e se hospedaram ali.

2 E chegou aos ouvidos do rei de Jericó a seguinte notícia:

— Alguns israelitas chegaram aqui de noite para espionar a terra.

3 Então o rei mandou para Raabe o seguinte recado:

— Os homens que estão na sua casa vieram para espionar toda a terra! Traga esses dois para fora!

4 Mas Raabe já os havia escondido. Ela respondeu aos mensageiros do rei:

— É verdade que alguns homens vieram à minha casa, mas eu não sabia de onde eram.

5 Quando já estava escuro, e o portão da cidade ia ser fechado, eles saíram. Eu não sei para onde foram. Mas, se vocês forem depressa atrás deles, ainda poderão pegá-los.

6 Acontece que Raabe tinha levado os espiões ao terraço e os havia escondido debaixo das varas de linho amontoadas ali.

7 Os mensageiros do rei foram e, logo que saíram da cidade, o portão foi fechado. Eles procuraram os espiões até o lugar onde a estrada atravessa o rio Jordão.

8 Antes que os espiões fossem dormir, Raabe subiu ao terraço e disse a eles:

9 — Eu sei que oSenhordeu esta terra a vocês, os israelitas. Para dizer a verdade, todos nós estamos morrendo de medo.

10 Soubemos que oSenhorsecou o mar Vermelho diante de vocês quando saíram do Egito. Também ficamos sabendo como, a leste do rio Jordão, vocês mataram Seom e Ogue, os reis dos amorreus, e destruíram os seus exércitos.

11 Quando ouvimos essas coisas, perdemos a coragem e todos nós ficamos com muito medo por causa de vocês. O Deus de vocês, oSenhor, é Deus lá em cima no céu e aqui em baixo na terra.

12 Então agora jurem em nome doSenhore prometam que vão ser bons para a minha família porque eu também tratei vocês com bondade. Para isso peço que me deem um sinal que não deixe dúvida.

13 Salvem o meu pai, a minha mãe, os meus irmãos e as minhas irmãs e as famílias deles. Não deixem que nos matem.

14 Os homens responderam:

— Nós prometemos. E, se não cumprirmos a nossa palavra, nós é que deveremos morrer, e não você! Se você não contar a ninguém o que estamos fazendo, fique certa de que cumpriremos a nossa promessa. Quando oSenhornos der esta terra, seremos bons para você e mostraremos que somos homens de palavra.

15 Raabe morava numa casa construída na muralha da cidade. Por isso ela pôde fazer os espiões descerem pela janela, usando uma corda.

16 Ela disse:

— Vão para as montanhas. Se não, os homens que estão procurando vocês vão achá-los. Escondam-se lá três dias, até que eles voltem. Depois vocês podem ir embora.

17 Os espiões disseram:

— Cumpriremos o juramento que você nos pediu que fizéssemos, mas com as seguintes condições:

18 quando invadirmos a sua terra, amarre este cordão vermelho na janela de onde você nos fez descer. Junte, dentro da sua casa, o seu pai, a sua mãe, os seus irmãos e todos os parentes do seu pai.

19 Se alguém sair da casa, será culpado da sua própria morte, e nós não seremos responsáveis. Mas, se alguém que estiver com você for ferido dentro de casa, a culpa será nossa.

20 E, se você contar o que estamos fazendo, não seremos obrigados a cumprir o nosso juramento.

21 Raabe respondeu:

— Eu concordo.

Então ela deixou que eles fossem embora. E Raabe amarrou o cordão vermelho na janela.

22 Os espiões foram para as montanhas e se esconderam lá três dias enquanto os soldados do rei os procuravam por toda aquela região. Os soldados não acharam ninguém e voltaram para Jericó.

23 Aí os dois espiões desceram da montanha, atravessaram o rio Jordão e foram se encontrar com Josué. Contaram tudo o que havia acontecido

24 e terminaram assim:

— Estamos certos de que oSenhornos deu toda esta terra. Todo mundo aqui está morrendo de medo de nós.

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